Prometo solenemente não esquecer o aniversário dos meus amigos, esperando responder seus chamados com presteza, não visando algo igual; fazer isso só por serem pessoas que eu amo; Prometo pôr a casa da convivência em ordem, me comunicando sempre que possível com eles, ainda que longe;
Prometo a cada uma dar igual medida de amor, prometo que vou me dar mais à intimidade, gosto pela companhia muda e insólita de sua amizade; prometo cumprir as promessas que eu os fiz… Batatas recheadas, um caderninho de orações e carnês de baile;
Prometo me desnudar diante da vida a cada dia; olhar o pobre como parte de mim e ao mais fraco com maior amor;
Prometo compartilhar o meu pão com meu vizinho;
Prometo lutar pela justiça, como se eu lutasse por minha mulher;
Pretendo ver o dia cinzento como oportunidade de dançar na chuva e os dias de sol como chance de nadar na praia;
Pretendo fazer silêncio, daqui pra frente, diante da vida, contemplando-a e admirando sua beleza;
Prometo me calar também quando ouvir asneira tamanha, que a refutação possa soar como afronta pessoal;
Prometo solenemente buscar amar a natureza como minha irmã, a terra como a minha mãe e às pessoas como a mim mesmo;
Prometo fazer da música, do teatro, do romance e da poesia meus companheiros inseparáveis, meus óculos para ver o mundo e escape feliz da dureza da vida. Prometo também levar outras pessoas a fazerem o mesmo.
Prometo amar e buscar me encontrar com o eterno todos os dias e, me achando n’Ele, me encotrar com meu irmão…